sábado, 6 de outubro de 2012

Exclarecimentos sobre Tratamento Biomédico


1. O que é a abordagem Biomédica dos Distúrbios do Espectro do Autismo?

A abordagem Biomédica dos Distúrbios do Espectro do Autismo consiste no tratamento biomédico destes distúrbios utilizando uma abordagem baseada em Medicina Funcional, no protocolo do Instituto de Investigação do Autismo dos EUA e na Medical Academy of Pediatrics Special Needs (MAPS) dos EUA. Esta abordagem assenta na convicção, cientificamente validada, de que estas crianças apresentam alterações bioquímicas, metabólicas e imunitárias, com níveis de gravidade muito variáveis, que explicam a grande variabilidade de sintomas e alterações clínicas e comportamentais observadas.

2. Quem faz a abordagem Biomédica dos Distúrbios do Espectro do Autismo na nossa clínica?

Esta abordagem na nossa clínica é realizada por uma equipa multidisciplinar constituída por uma médica (Dra Susana Reis), uma nutricionista (Dra Daniela Seabra) e uma psicóloga (Dra Sofia Baptista). Poderá consultar os CV clicando nos nomes de cada uma das profissionais.

3. Que tipo de experiência têm?

Esta consulta surge assim estruturada apenas em 2009 como resposta ao pedido de muitos pais, no entanto, a clínica Dra Cristina Sales – Medicina Funcional Integrativa - tem uma experiência de cerca de 20 anos no tratamento de doenças crónicas através de uma abordagem biomédica multidisciplinar no âmbito da Medicina Funcional Integrativa.

4. Como são estruturadas as consultas?

A primeira consulta é composta por:

- Intervenção Médica - feita pela Dra Susana Reis, com a duração de cerca de 2h. Nesta intervenção será feita a história clínica, a avaliação médica, elaborado o primeiro plano de análises laboratoriais e feita a primeira prescrição médica.

- Intervenção Nutricional - feita pela Dra Daniela Seabra, com a duração aproximada de 2h.

- Avaliação por Psicologia – feita pela Dra. Sofia Baptista. Caso não haja seguimento prévio

5. Quem deve estar presente nas consultas?

Pela nossa experiência, deverão estar presentes, na primeira abordagem (Consulta Médica e de Nutrição) os dois pais (ou responsáveis pela criança) e a criança. A consulta médica será dividida em 2 fases. Na 2ª fase da consulta pede-se habitualmente que um dos elementos adultos saia com a criança de modo a que nesta altura se possam partilhar todos os problemas da criança sem constrangimento.

6. Como funcionam as consultas online?

As consultas online funcionam através de videoconferência num horário a combinar, sendo enviado por email 5 min antes da hora marcada um link para se estabelecer a ligação. É necessário ter microfone e webcam.

7. Quem pode requerer consultas online?

Poderão solicitar consulta online todos os pais que não têm disponibilidade para se deslocar à clínica (Porto). Sempre que possível, a primeira consulta deve ser feita presencialmente.

8. Que exames são necessários?

Inicialmente são necessárias análises sanguíneas, realizadas num laboratório em Portugal, e análises à urina e fezes que é enviada para os EUA e para França. Posteriormente poderão ser necessários outros exames conforme a situação e evolução clínica.

9. Em que consiste o tratamento?

O tratamento consiste na identificação e tratamento das variadas alterações subjacentes às doenças do espectro do autismo, nomeadamente inflamação gastrointestinal, deficiências nutricionais, múltiplas intolerâncias e alergias alimentares, diminuição da capacidade de desintoxicação hepática e consequente acumulação de xenobióticos, etc.

Desta forma, dividimos o tratamento em 6 etapas:

1ª Etapa: restaurar a saúde intestinal e melhorar o status nutricional;
2ª Etapa: equilibrar o stress oxidativo e a metilação;
3ª Etapa: optimizar a capacidade de desintoxicação;
4ª Etapa: optimizar a função do sistema imunitário;
5ª Etapa: desintoxicação/quelação de metais tóxicos, quando necessário;
6ª Etapa: optimização e apoio continuado das melhorias conseguidas.

10. Que tipos de tratamento são feitos?

O tratamento é constituído por vários pilares fundamentais e sinérgicos, sendo que nenhum deles tem sentido isoladamente. Assim, fazem parte do tratamento um plano alimentar delineado especificamente para cada doente, suplementação de acordo com as necessidades de cada doente, tratamento da disbiose intestinal, por vezes, com necessidade de uso de antibióticos e/ou antifúngicos, tratamento anti-vírico, quelação de metais pesados, etc.

11. Que experiência têm com a quelação de metais pesados?

Quando é necessária quelação é feita uma reunião clínica onde é estabelecido um protocolo ajustado a cada doente com o apoio da Dra Cristina Sales.
A Dra Cristina Sales é membro da International Board of Clinical Metal Toxicology, USA e em 2005 participou no "The 3º International Board of Clinical Metal Toxicology European Workshop of Metal Toxicology", Mastrich, onde, após exame, adquire a certificação para terapia de quelação deste organismo. Pratica quelação de metais pesados desde há vários anos, tendo uma experiência significativa nas intoxicações por mercúrio.

12. Onde se podem comprar os suplementos nutricionais?

Existem já algumas farmácias que vendem alguns dos suplementos mas a maior parte pode ser encontrada num site online, que é indicado na consulta.

13. Quanto tempo dura o tratamento?

A duração do tratamento é variável, dependente da evolução ao longo das etapas acima descritas. No entanto, é preciso ter noção que devido às especificidades deste espectro de doenças é necessário manter durante alguns anos alguns suplementos, cuidados alimentares e evicção de tóxicos.

14. Que tipos de dieta são utilizados?

Habitualmente começamos com uma dieta Sem Glúten e Sem Caseína, que segundo a nossa experiência é a dieta com que se obtêm melhores resultados, no entanto, é muitas vezes necessário fazer associadamente outros ajustes utilizando dietas como a dos hidratos de carbono especiais, baixa em oxalatos, de acordo com as intolerâncias alimentares, etc.

15. Quanto custa o tratamento?

O preço do tratamento varia de acordo com as análises e os tratamentos necessários. Para saber o preçário das consultas por favor entre em contacto com a secretaria, quer por telefone, quer por email.

16. Com que idade se deve iniciar o tratamento?

O tratamento deve ser iniciado o mais precocemente possível, de preferência assim que surgem suspeitas de perturbação do espectro do autismo. De todos os relatos que nos chegam, os pais já têm a suspeita vários meses antes do diagnóstico feito pelo médico assistente. A importância de um início precoce do tratamento prende-se com a necessidade de evitar lesões cerebrais definitivas.

17. Até que idade se pode fazer o tratamento?

O tratamento pode ser feito em qualquer idade e é sempre benéfico. No entanto, sabe-se que a partir dos 5 anos os resultados são mais difíceis de atingir pois existe já um processo de cicatrização a nível cerebral 

Fonte: 
http://www.cristinasales.pt/pt-pt/Medicina-Integrada/Documents/Documents.aspx?DocID=172&MVID=1000750